Arquitetura 5.0: resiliente, responsiva, saudável, sustentável, biofílica, flexível, inclusiva e inteligente

É inegável que o mundo está mudando muito rápido e, para atender à demanda, é preciso estar atento às necessidades que surgem o tempo todo. Na arquitetura, além de acompanhar os recursos que estão impulsionando e revolucionando o setor, é necessário muito mais do que simplesmente projetar espaços para que o homem ocupe. Os arquitetos não se resumem mais em pessoas que só se preocupam com formas, linhas, normativas e design, mas também com a sustentabilidade, o bem-estar, a evolução e a saudabilidade de uma sociedade. Eis que surge a chamada ‘Arquitetura 5.0’, aquela que redescobre as suas raízes, sua essência e propósito, dando voz a uma nova maneira de se pensar o ambiente construído.

De acordo com a arquiteta e designer, Bia Gadia, o conceito da Arquitetura 5.0, aliado à pandemia global da Covid-19, a conduziu, como profissional da área há 20 anos, a reavaliar e imaginar algumas mudanças no setor. “Nesse momento de confinamento, pessoas e empresas estão revendo o seu modo de viver, trabalhar e operar. Para atendê-los, buscamos por uma arquitetura biopsicossocial, ou seja, aquela preocupada realmente com o ser humano, uma arquitetura que é resiliente, responsiva; saudável; sustentável; biofílica; flexível; inclusiva e inteligente”, detalha.

Segundo a arquiteta Bia Gadia, os projetos deverão ser responsivos e planejados para suprir as lacunas presentes no mercado e fazer com que o ambiente seja saudável, sustentável, confortável e funcional, valorizando ainda mais o bem-estar dos usuários. “Nos meus projetos eu emprego a Arquitetura 5.0. Todos são concebidos para também responder às condições naturais, ambientais, incorporando à arquitetura à paisagem, resultando em um ambiente onde a natureza é o padrão, e proporcionando uma agradável qualidade de vida e experiência aos usuários. A diversidade impulsiona, a inovação e a inclusão estimulam a criatividade”, conclui a arquiteta.

Pensar “fora da caixa”, experimentar novas ideias, ferramentas, entender as dores e necessidades, se apossar do design de serviço, cocriar soluções com os usuários, considerar todos os parâmetros da arquitetura biopsicossocial, certamente é um bom começo para aplicar a Arquitetura 5.0. Isso pode ser desenvolvido procurando maneiras de tornar edifícios parte da paisagem urbana, com projetos artísticos que valorizem a estética sem abrir mão da funcionalidade e de todo o contexto social. É preciso estar atento ao meio ambiente e às necessidades das pessoas. Aliar a boa arquitetura e design inclusivo em projetos que atendam às necessidades dos clientes em prol de princípios de sustentabilidade, saudabilidade e integração ao meio ambiente são algumas das maiores tendências de uma arquitetura voltada para o futuro: a Arquitetura 5.0.

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