Atuando há 19 anos no mercado nacional e internacional, e com sede em São Paulo, a Bia Gadia Arquitetura e Design vem desenvolvendo uma trajetória diversificada, escrevendo uma história focada nas boas práticas de sustentabilidade, saúde e bem-estar.
Com a marca registrada no desenvolvimento de projetos sustentáveis para minimizar os impactos ao meio ambiente, a arquiteta Bia Gadia tem destaque no seu portfólio com a construção da sua própria casa. Gadia House, também conhecida como a “casa saudável” da cidade de Barretos, em São Paulo, é carimbada com a certificação HBC (Healthy Building Certificate) – Nível A, indicando que seguiu todos os parâmetros para a promoção da arquitetura, saúde e bem-estar do ambiente construído.
Para conhecer mais sobre essa renomada empresa e entender melhor o que seria essa arquitetura que cura e de que forma ela atua estrategicamente na Saúde, confira a entrevista abaixo.
– Quem é a Bia Gadia e por que escolheu a arquitetura?
A arquitetura me escolheu e faz parte da minha vida, desde sempre. Sempre fui apaixonada por cidades, ruas, casas, ambientes, edificações, meio ambiente. Quando descobri que o arquiteto e urbanista era o responsável e o criador de tudo que está a nossa volta, eu não tive dúvidas, nunca tive! O meu objetivo sempre foi transformar e impactar positivamente a vida das pessoas e, de forma conceitual e prática, eu vi na arquitetura essa possibilidade. Então, projetar foi o meio que eu encontrei, e me apropriei dessa ferramenta para transformar o meu propósito pessoal no profissional. Sou muito feliz e grata por, através da arquitetura, levar qualidade de vida às pessoas.
– Quais são os serviços e diferenciais que a Bia Gadia Arquitetura e Design oferece?
Arquitetura sempre foi mais que seguir normativas ou o briefing do cliente. Eu procuro acompanhar não só o tempo e o espaço, mas a indústria e a construção, trazendo uma arquitetura e um design inovador e me apropriando de conhecimento técnico e científico. Sou especialista em Design de Interiores, Arquitetura Sustentável e Saudável. Trabalho há 20 anos com Cenografia e Arquitetura Hospitalar. Utilizo ferramentas que dão suporte ao meu propósito na arquitetura: a neuroarquitetura, a biofilia, o fengshui, a cromoterapia, o desenho universal, a acessibilidade, a biologia das construções, a geobiologia, a construção sustentável e saudável. Então, todos os projetos do escritório são personalizados. O foco principal não é na arquitetura ou no objeto, o foco dos nossos projetos está no ser humano, nas pessoas. A arquitetura e a natureza deixaram de ser vistas para ser apreciada e vivida e o Design deixou de seguir tendências passando a ter mais essência e design resiliente.
– O que é construção sustentável e saudável?
A construção sustentável é aquela que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. A construção saudável é a construção onde a natureza é o padrão. É a construção que segue os parâmetros de saudabilidade desde o desenho arquitetônico (arquitetura personalizada). psicologia do ambiente (neuroarquitetura, biofilia, cromoterapia), ventilação e iluminação natural, qualidade acústica e dos materiais, projeto elétrico, hidráulico (trajeto da tubulação, campos eletromagnéticos), qualidade do ar, paisagismo e áreas comuns, arquitetura e design acessível e integrado. Uma construção sustentável e saudável começa muito antes de virar uma construção, começa na escolha do terreno, no projeto, no programa de necessidades, no canteiro de obras, na responsabilidade social e na boa arquitetura.
– Quais são as influências da arquitetura na Saúde?
A arquitetura reflete diretamente na saúde da população, desde o sistema macro: organização social, saneamento básico, mobilidade urbana, poluição, meio ambiente; ao sistema micro: as edificações. Passamos cerca de 90% do tempo em ambientes fechados. Isso quer dizer que, praticamente, vivemos dentro de edificações. Já existem estudos que comprovam que uma boa arquitetura promove esse bem-estar, conforto e produtividade. Em escolas, a boa arquitetura influencia até na melhora das provas; nos hospitais, os pacientes recebem alta mais cedo; nos escritórios, há o aumento da produtividade; no comércio, o aumento de vendas…O ambiente tem uma influência importante na nossa vida e, muitas vezes, por questões externas e pessoais, temos que conviver em ambientes que não foram construídos pensando na saúde e bem-estar.
– O que é Síndrome do Edifício Doente e como a arquitetura pode contribuir?
Sabe quando você está em um ambiente que você não tem produtividade, sente dor de cabeça frequente, sonolência, mal-estar, fadiga, tosse, respiração ofegante… esses são alguns dos sintomas causadas pela Síndrome do Edifício Doente. A Organização Mundial de Saúde estima que 30% das edificações em todo o mundo sofrem desse mal e, no Brasil, 50%. A melhor forma de se combater essa síndrome é através de uma boa arquitetura, especificação de materiais adequados, execução de qualidade e manutenção constante. Se mudanças não acontecerem e políticas que levem qualidade de vida, saúde e bem-estar não forem empregadas, infelizmente, o mundo e as pessoas sofrerão as consequências. E nesse contexto que as Avenidas da Arquitetura e da Medicina se cruzam com a Medicina Preventiva, preditiva, participativa e personalizada.
*Entrevista publicada no: https://grupomidia.com/hcm/arquiteta-bia-gadia-fala-sobre-o-impacto-da-arquitetura-no-processo-de-cura-do-paciente/